Casa, Cozinha, Horto, em Alcácer do Sal
A estratégia de análise deste território consiste numa alteração da escala da percepção. Alterando as unidades de estudo, é possível alterar o entendimento do objecto, não como uma cidade nem como uma aldeia, mas entre escalas. As consequentes unidades de intervenção, consistem em três elementos: Casa, Cozinha e Horto.
A Cozinha, opostamente ao primeiro artefacto, consiste no lugar de comunhão. O lugar de implantação da Cozinha, situado às antigas portas a Este da cidade muralhada e em tempos lugar do açougue islâmico, consiste numa rótula viária e ponto nuclear na circulação interna da cidade de Alcácer. Mantendo uma linguagem idêntica, o desenho do espaço estende-se do interior para a dimensão pública, convocando a reunião. A chaminé, espaço de fogo, desenha um marco visível na paisagem, enquanto extensões dos limites exteriores aí geram espaços de permanência. No interior, o objecto divide-se em dois espaços: o primeiro alberga o lavadouro comum e um pátio que contém o forno, o segundo, consiste no espaço do cozinhar e comer.
Projecto de Dissertação de Mestrado, Vencedor do Prémio Archiprix Portugal 2017
A estratégia de análise deste território consiste numa alteração da escala da percepção. Alterando as unidades de estudo, é possível alterar o entendimento do objecto, não como uma cidade nem como uma aldeia, mas entre escalas. As consequentes unidades de intervenção, consistem em três elementos: Casa, Cozinha e Horto.
Actualmente a cidade de Alcácer do Sal estabelece-se principalmente junto ao rio, sendo a colina ocupada apenas por duas dezenas de edíficios.
Implantado neste lugar de desocupação progressiva, o projecto multiplica-se em intervenções pontuais, respondendo a diversos aspectos da experiência quotidiana aqui existente e relacionando os dois grandes grupos de população em Alcácer, um permanente - maioritariamente envelhecido - e um temporário - turistas.
O primeiro dos três artefactos construídos, a Casa, constitui a parte privada e introspectiva do projecto, respondendo não só às necessidades mais íntimas e fisiológicas do indivíduo mas também a necessidades imateriais, do foro da reflexão. Implantado num vazio entre habitações e a muralha pré-existente, este artefacto pretende recolher-se, potenciando o privado.
A Casa divide-se hierarquicamente: um espaço comum, quatro espaços de dormir, quatro espaços de higiene, um espaço de banho, um pátio, e um espaço de transição. Cada um dos espaços interiores possui uma abertura para o exterior.
A Cozinha, opostamente ao primeiro artefacto, consiste no lugar de comunhão. O lugar de implantação da Cozinha, situado às antigas portas a Este da cidade muralhada e em tempos lugar do açougue islâmico, consiste numa rótula viária e ponto nuclear na circulação interna da cidade de Alcácer. Mantendo uma linguagem idêntica, o desenho do espaço estende-se do interior para a dimensão pública, convocando a reunião. A chaminé, espaço de fogo, desenha um marco visível na paisagem, enquanto extensões dos limites exteriores aí geram espaços de permanência. No interior, o objecto divide-se em dois espaços: o primeiro alberga o lavadouro comum e um pátio que contém o forno, o segundo, consiste no espaço do cozinhar e comer.
O Horto, terceiro artefacto da proposta, consiste no espaço de produção. Vinte e quatro espécies nativas do território de Alcácer do Sal, são distribuídas por dezoito dos trinta e quatro espaços, que através da variação da cota altimétrica do seu pavimento acompanham a topografia de uma área agrícola existente. Dezasseis destes espaços são pavimentados e por vezes cobertos. Construído na cota mais alta, um tanque de água alimenta um sistema de rega intramuros, que através de força gravítica transporta a água aos espaços com vegetação.
06.2017